Na manhã seguinte à leitura da carta, Elisa seguiu sua rotina habitual no hospital. Mas algo nela estava diferente.
O olhar, mais profundo.
O coração, inquieto.
E a lembrança de Eduardo… impossível de ignorar.
Ela tentava focar nos casos clínicos, nos exames, nas cirurgias — mas o toque dele, a carta, os olhos azuis a encarando na saída do hospital… tudo pulsava dentro de si com força.
Por isso, quando soube que o Sr. Frederico Santos havia agendado uma consulta de rotina com o cardiologista do hospital, não se surpreendeu.
Sabia que Eduardo apareceria.
E ele apareceu.
Pontual. Elegante. Nervoso.
Elisa o viu entrando pela recepção com o avô, discretamente. Seu corpo reagiu antes que pudesse impedir: um arrepio sutil percorreu sua espinha, o coração bateu mais rápido.
Tentou fingir indiferença, mas ele a viu.
E com um sorriso leve ... e tímido... se aproximou.
Bom dia, doutora.
Sr. Castro. Ela respondeu, seca.
E como está minha… ex-esposa favorita?
Elisa cruzou os