Dois anos haviam se passado desde o desaparecimento de Elisa Santos.
Dois longos anos.
E para Eduardo Castro, o tempo não trouxe respostas.
Nem alívio.
Nem perdão.
Havia tentado de tudo ... investigadores particulares, acesso a aeroportos, registros bancários, até empresas de tecnologia para rastrear dispositivos.
Mas era como se ela tivesse evaporado do mundo.
E de certa forma, evaporou mesmo.
Porque Elisa já não existia.
O que restava dela agora era Clara Vianna, a artista mais cultuada dos últimos tempos, cujo nome circulava entre palcos luxuosos, festivais, revistas especializadas e universidades de música.
Com 30 anos recém-completos, Clara/Elisa vivia em Nova Iorque, num apartamento amplo com vista para o Central Park. Quando não estava viajando em turnês internacionais, se dividia entre os ensaios, as aulas de balé e as entrevistas que evitava ao máximo.
Discreta e poderosa.
Brilhante e inacessível.
E ninguém… absolutamente ninguém sabia seu nome verda