Já haviam se passado cinco dias desde o desaparecimento de Elisa.
Cinco dias sem rastros.
Sem mensagens.
Sem ligações.
Sem pista alguma.
Eduardo vasculhou tudo: contas bancárias, passagens, registros no condomínio, agências de viagens, aeroportos. Nada.
É como se ela nunca tivesse existido ... resmungou, jogando o celular contra a parede.
A tela estilhaçou, mas a sensação de impotência permaneceu intacta.
Caminhou até o closet dela. Estava vazio, mas o perfume ainda estava ali.
Aquela fragrância leve, adocicada, suave ... que agora doía no peito.
Foi nesse momento que algo que ele ignorava se tornou inegável:
Ele sentia falta dela.
Da mulher silenciosa que organizava seu mundo.
Da médica que lia até tarde.
Da violinista que ele nunca viu tocar, mas ouvia seus ensaios a portas fechadas.
Da esposa que nunca lhe cobrou amor, mas ofereceu tudo sem exigir nada.
E ele destruiu tudo.
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Na manhã seguinte, ele foi até a empresa como se estivesse no piloto automático.