O dia seguinte à alta de Dona Maria começou com uma sensação de alívio que Helena ainda tentava processar. A mãe estava acomodada no sofá do apartamento, envolta em uma manta leve, com os olhos atentos e a expressão tranquila. Helena sentia uma mistura de gratidão e serenidade ao perceber que, finalmente, tudo parecia no lugar. O apartamento simples nunca tivera tanta vida; a presença de João Paulo deixava tudo mais confortável e seguro.
Enquanto organizavam a cozinha, conversando sobre pequenas tarefas e cuidados necessários para os próximos dias, Helena percebeu como a presença dele tornava tudo mais fácil. João Paulo se movia com naturalidade, oferecendo ajuda sem invadir, explicando detalhes que a tranquilizavam. Havia algo naquele cuidado que ia além da gentileza: era atenção pura, envolvente, que fazia o coração dela acelerar.
Após o almoço, Helena e João Paulo permaneceram na sala, sentados próximos, observando Dona Maria descansar. Um silêncio confortável se instalou, e Helena