A noite caiu silenciosa sobre a cidade, mas na mente de Helena, tudo era barulho. Ela estava sentada na cama, ainda com o uniforme do café, o celular em mãos, relendo a mensagem de Rafael pela terceira vez. As palavras queimavam seus olhos, como se tivessem sido escritas a fogo.
"Só você pode devolver sentido à minha história."
Era impossível ignorar. As lembranças dos dois juntos vinham em ondas, invadindo-a sem pedir licença: os passeios pela praia, a casa da vó de Rafael, a primeira vez dela que foi com ele, as conversas até de madrugada, os planos sussurrados entre beijos. Por mais que ela tivesse tentado apagar tudo, ali estava a prova de que o passado ainda respirava nela.
Helena respirou fundo, mas o peito doía. Não respondeu. Apenas desligou o celular e o deixou na mesa de cabeceira. Deitou-se, mas o sono não vinha. Virava-se de um lado para o outro, dominada pelo conflito entre a razão e o coração.
Na manhã seguinte, João Paulo apareceu para buscá-la. Ele tinha combinado de l