Na terça-feira, Rafael enviou uma mensagem que parecia simples, mas carregava um convite sutil, quase um sussurro entre eles:
“Quinta-feira. Jantar em um lugar especial. Só você e o tempo.”
Helena leu a mensagem algumas vezes, sentindo o coração acelerar. Rafael nunca havia falado sobre um encontro assim, menos ainda sobre levá-la a algum lugar especial. Era como se, finalmente, estivesse abrindo uma porta que até então permanecia trancada.
Quando a quinta-feira chegou, ela escolheu um vestido leve, solto, que dançava com a brisa, e deixou o cabelo cair naturalmente sobre os ombros. Sentia uma mistura de ansiedade e expectativa, um calor que subia no peito, mas que trazia uma sensação boa, diferente das inquietações do passado.
Rafael a recebeu no saguão do hotel com um sorriso tímido e um olhar que dizia mais do que palavras poderiam expressar. Ele estava impecável, com a camisa branca levemente desabotoada no colarinho, calça escura e o perfume amadeirado que já tinha se tornado uma