O convite veio numa tarde comum, como quem fala de algo simples:
— Vamos sair da cidade? — Rafael perguntou, com os olhos brilhando.
— Pra onde? — Helena sorriu, sem esconder a curiosidade.
— Pra onde o silêncio não pesa.
Ela não perguntou mais nada. Apenas disse sim.
No sábado cedo, eles se encontraram na praça central. Rafael chegou com uma mochila nas costas e um sorriso tranquilo. Helena sentia uma mistura de ansiedade e calma, como se estivesse prestes a mergulhar num lugar onde o tempo andasse devagar.
Entraram no carro dele, que parecia levar consigo o cheiro de estrada e promessa. Enquanto dirigia, Rafael ligou uma playlist suave, com músicas que pareciam contar histórias de encontros e recomeços. Helena observava a paisagem mudar, as árvores dando lugar ao céu aberto, o horizonte desenhando possibilidades.
Chegaram a uma vila costeira pequena, com casinhas coloridas e o barulho do mar misturado ao canto distante das gaivotas. A pousada onde ficaram era simples, acolhedora, co