Leandro
Isabela não deu mais notícias, e isso está me matando. Ficar de mãos atadas, sabendo que ela pode estar nas mãos dos traficantes ou, pior, morta, me consome por dentro. Meu lugar era ao lado da equipe, liderando a investigação, entrando naquele morro para tirá-la de lá. Mas, em vez disso, estou preso aqui, resolvendo malditos assuntos internos. Um obstáculo burocrático enquanto ela pode estar correndo perigo.
Na sala de reuniões, o clima é tenso. O mapa do Morro de Ouro está projetado na tela, com as rotas de acesso e os pontos críticos dominados por Zoio. O comandante Carlos anda de um lado para o outro, os braços cruzados, a expressão sombria. Os agentes analisam os relatórios em silêncio, enquanto cada segundo perdido aumenta a angústia no meu peito.
— Precisamos de um motivo oficial para entrar — Carlos diz, cortando o silêncio com sua voz grave. — Se entrarmos só para buscar Isabela, colocamos a cabeça dela a prêmio. Se Dante ainda não sabe quem ela é, vai saber. E se ele