E, pior ainda… percebo o quanto eu não estou pronta para perdê-lo.
Ele suspira, passando as mãos pelo rosto antes de seu olhar se encontrar com o meu. Vejo a determinação ali, misturada com uma sombra de preocupação.
— Amanhã vou marcar um encontro com os Bolivianos e farei o pagamento, como acordado. Será o último encontro com eles, acabou essa vida. Quero ser um trabalhador comum ao seu lado. — O jeito como ele diz isso me faz sentir um arrepio na espinha. Ele não está apenas encerrando um ciclo, está selando seu destino. Sair dessa vida.
—E seu homem? O que pensa sobre isso?
—Vou passar meu bar e minha oficina para o nome dele e por isso ele ficará ao meu lado até o fim disso tudo.
Sim, Dante está realmente disposto mudar e isso é o suficiente para mim. Se hesitar, racionalizar, eu o beijo. É um beijo de morado, forte, entregue.
Dante corresponde, suas mãos deslizando para minha cintura, me puxando para mais perto. E ali, em meio à penumbra do quarto, tudo o que nos cerca desap