Enquanto ele desaparece na viela, sinto meu corpo fraquejar. O mundo gira, e a única coisa que me mantém consciente é um único pensamento: Isabela.
Mas não há tempo para me entregar à dor. Antes que eu possa reagir, sinto mãos brutas me puxando, me jogando contra o chão com força. O gosto de poeira e sangue invade minha boca.
— Achamos o chefe! — Uma voz ríspida e zombeteira ecoa.
Um chute violento atinge minhas costelas, me fazendo grunhir de dor. Outros homens se juntam ao redor, rindo, escarnecendo. Eles não querem apenas me prender. Querem me humilhar.
— E aí, grandão? O rei do morro tá no chão agora? Cadê sua pose de mandachuva?
Cuspo sangue e ergo os olhos para o policial que falou. Minha voz sai rouca, mas firme:
— Eu não tenho nada a ver com isso. Zoio era o chefe. Ele que comandava tudo.
Outro golpe, desta vez no rosto. Meu pescoço estala para o lado com o impacto, mas não reajo. Preciso guardar minhas forças. Sei como funciona esse jogo.
— Então me diz, bonitão, por que a gen