Ela não está morta, se é isso que pensou.
Leandro aperta os olhos por um instante, como se estivesse tentando processar minha resposta. Ele engole seco, e percebo a luta interna em seu olhar. Ele me amou em silêncio por tempo demais, e a angústia da minha ausência ainda pesa sobre seus ombros.
— Eu esperei sua ligação todos os dias — ele confessa, sua voz carregada de saudade e frustração. — Você não faz ideia do que foi ficar sem notícias, imaginando onde você estava, se estava bem... ou se estava viva.
Minha garganta se aperta. Eu queria dizer a verdade, queria contar tudo, mas as palavras não saem. Ele leva a mão até meu rosto, seu toque suave, mas intenso.
— Eu precisava ouvir sua voz, Isabela — ele continua, sua respiração pesada. — E quando o telefone finalmente tocou, eu quase não acreditei. Achei que fosse um sonho.
Eu o abraço forte, tentando afastar a culpa e esconder minha própria dor, mas ele entende o gesto de outra forma. Seus braços me apertam ainda mais, como se temesse que eu desaparecesse novamente. Seus olho