O avião particular cortava o céu com silêncio militar.
Helena sentia o zumbido contínuo no fundo da mente enquanto olhava pela janela, seus olhos fixos nas nuvens como se pudesse antecipar o que estava por vir.
Ao lado dela, Noah repassava os dados da missão.
— Nome de fachada: Eva Torres. Foi levada aos sete anos para um centro especial na Hungria. Desde então, desapareceu dos registros. Mas Dominus a manteve ativa em missões para governos paralelos. Ela tem uma ficha… impecável.
— Alguma falha?
— Nenhuma. Mas tem uma particularidade: desde a infância, era fascinada por Helena. Ela te viu no laboratório uma vez. Ficou obcecada. Chamava você de “irmã dourada”.
Helena franziu a testa.
— Isso é bom ou ruim?
— Ainda não sei. Mas se Dominus usou isso, pode ter transformado a admiração em rivalidade.
Ele passou mais uma tela no tablet.
— Há dois dias, interceptamos um sinal codificado vindo da Croácia. Uma instalação abandonada no norte do país. É provável que Eva esteja lá. E que já saiba