O som ritmado dos saltos de Helena preenchia os corredores da Torres Group. Ela caminhava com elegância e poder, vestida com um conjunto preto de alfaiataria impecável, cabelos presos em um rabo de cavalo alto e maquiagem sóbria que destacava seus olhos determinados.
Quando ela passou pela recepção, os funcionários se ajeitaram nas cadeiras, e até os mais ousados desviaram os olhares.
— Bom dia, senhora Torres. — disse a recepcionista, quase em um sussurro.
— Bom dia. — respondeu, sem parar de andar, abrindo caminho até o elevador privativo.
Ao entrar na sua sala, encontrou Leonardo já sentado, analisando uma pilha de documentos. Ele ergueu os olhos e arqueou uma sobrancelha.
— Eu vi a coletiva. — disse ele, seco. — E imagino que esteja aqui para traçarmos uma estratégia.
— Você me conhece bem. — Helena jogou a bolsa sobre a mesa, respirou fundo e se acomodou na cadeira. — Não vou permitir que essa cobra coloque as mãos em nada do que construímos.
Leonardo cruzou os braços, encarando-