A porta do saguão principal do luxuoso Hotel Belvedere se abriu lentamente, atraindo os olhares de todos.
O som dos saltos ecoando sobre o mármore branco era quase uma trilha sonora para o anúncio da chegada de Isadora Ferraz — agora com o sobrenome que sempre quis exibir, como se fosse um troféu.
Vestida com um conjunto caríssimo de grife europeia, cabelos perfeitamente ondulados, maquiagem impecável e um sorriso venenoso nos lábios, ela caminhava como quem estava prestes a reconquistar o que "lhe pertencia".
— Senhorita Ferraz, os jornalistas estão prontos. — anunciou seu assessor, tenso.
— Ótimo. — ela respondeu, jogando os cabelos para o lado. — É hora de mostrar para Montserra que estou de volta. E não vim em paz.
No salão reservado para a coletiva de imprensa, os flashes explodiam quando ela entrou. Ninguém ousou interrompê-la quando pegou o microfone.
— Boa tarde. — disse, com um sorriso calculado. — Eu sei que todos estão curiosos sobre o motivo do meu retorno. A verdade é sim