O relógio marcava exatamente 14h58 quando Helena entrou na recepção do 34º andar, onde ficava a sala do CEO da Alencar & Lima. Usava um conjunto de alfaiataria cinza claro, discreto, mas impecável. Os cabelos estavam soltos, bem penteados. A maquiagem leve, mas certeira. Ela não parecia uma funcionária — parecia uma executiva pronta para negociar contratos milionários.
A secretária tentou sorrir, desconcertada.
— O Sr. Alencar a aguarda, senhora Duarte.
Helena assentiu e caminhou com calma. Cada passo era calculado, firme. Quando a porta se abriu, ela se deparou com ele de pé, à frente da janela envidraçada, de costas.
Leonardo Alencar. O homem que não sorria. O CEO temido, reservado, analítico. Dono de um olhar cortante e uma reputação de aço.
— Sente-se. — ele disse, sem virar-se de imediato.
Helena não obedeceu. Cruzou os braços.
— Prefiro ficar de pé.
Ele se virou. Os olhos cinzentos a fitaram com curiosidade. E, pela primeira vez desde que ela começou naquela empresa… ele realmen