A viagem para São Paulo era estratégica. A empresa estava prestes a fechar parceria com um conglomerado internacional e Leonardo exigiu que Helena o acompanhasse. Oficialmente, ela era a responsável pelos relatórios de impacto e projeção. Mas ambos sabiam que havia mais por trás da escolha.
O voo foi silencioso. Helena ocupava a poltrona ao lado dele, concentrada no notebook. Leonardo, como sempre, estava sério, mergulhado em papéis. Ainda assim, de tempos em tempos, os olhos dele se desviavam para ela. Discretamente.
Helena sentia, mas fingia não notar. Sabia jogar.
Já no hotel cinco estrelas, receberam suítes separadas no mesmo andar. À noite, após a reunião com os executivos estrangeiros — onde Helena brilhou com seu inglês impecável e postura firme —, Leonardo a surpreendeu:
— Jantar? — perguntou, ao lado do elevador.
Ela arqueou a sobrancelha.
— Está me convidando… como chefe ou como homem?
Ele hesitou por um segundo.
— Como alguém curioso para saber quem é você… fora das salas d