O dia mal havia começado quando Clara decidiu que não poderiam mais esperar respostas que caíssem do céu. Desde o surto de Elô, a incerteza se tornara uma ameaça tão perigosa quanto qualquer inimigo físico. Ela, com seu jeito prático, levantou a questão diante de Miguel.

— Precisamos procurar informações. Isso que está dentro da Elô não vai desaparecer só porque a gente deseja. Se for alguma maldição antiga, alguma herança proibida... alguém, em algum lugar, já deve ter registrado.

Miguel franziu o cenho, ajustando a espada nas costas. — E onde você acha que vamos encontrar esse tipo de coisa? Não é como se tivesse um manual de instruções para escuridão maldita.

— Existe, sim — Clara insistiu. — Ou melhor, existe um lugar. A biblioteca dos monges da Serra do Véu. Dizem que eles guardam registros de séculos, inclusive textos que o reino proibiu.

Elô, deitada, ouviu as palavras e sentiu um arrepio. — E se o que encontrarem confirmar meus medos? — perguntou com a voz baixa. — E se eu rea