O bilhete ainda estava sobre a mesa, mas Helena não o tocou novamente. O simples fato de saber que alguém entrara em seu apartamento sem deixar rastros já dizia tudo. Ela não estava mais lidando com fofocas ou intrigas. Agora era real. Perigoso. Mortal.
Na manhã seguinte, convocou uma reunião com Bianca e Caio. Ambos sabiam de partes diferentes da história, mas agora, era hora de juntar as peças.
— A gente precisa de provas que não possam ser desmentidas — começou Helena, enquanto servia café. — E precisa de gente que saiba o que fazer com elas.
— Eu conheço alguém — disse Bianca. — Um jornalista investigativo. Trabalhamos juntos em um projeto social anos atrás. Ele é discreto, confiável, e odeia corrupção mais do que café frio.
Helena assentiu.
— Traga ele pra conversar comigo.
Caio, mais pragmático, cruzou os braços.
— E o pen drive? Aquilo é ouro. Mas se for parar na imprensa crua, pode sumir ou ser abafado. A gente precisa criar impacto. Algo que gere comoção antes que eles consig