O pai de Adán ergueu o tom de voz, cuspindo as palavras como uma ordem:
— Você vai demitir essa funcionária abusada! Que direito ela tinha de se meter em um assunto de família?Adán se manteve firme, sem abaixar a cabeça:— Não, eu não vou demiti-la. Primeiro, porque ela tem razão. O senhor destratou a mamãe na frente de uma funcionária. Se o senhor faz isso aqui, na frente de alguém que nem faz parte da nossa família, apenas porque essa empresa pertence à família, o que não deve fazer dentro de casa, longe dos olhos de todos?Ele respirou fundo, encarando o pai com seriedade.— E segundo: no momento em que o senhor começou a usar de grosseria com a mamãe, tratando-a como se fosse sua propriedade, o senhor também faltou com respeito comigo. Sim, comigo. Porque demonstrou que ela não era nada, que ela não era ninguém. E ela é a minha mãe. A mulher que me gerou. O senhor a diminuiu não apenas diante da funcionária, mas diante de mim.O pai cerro