O papel tremia nas mãos de Leonardo. Seu olhar estava perdido nas linhas frias e implacáveis do exame de DNA. Camila tentava respirar, mas era como se o ar tivesse sido sugado do ambiente.
— Isso... isso não faz sentido. — Sua voz saiu mais como um sussurro do que uma afirmação.
Ela recuou, encostando-se na parede de aço do cofre, sentindo o peso do mundo desabar sobre seus ombros. As palavras escritas naquele laudo eram claras, cruas e cortantes como lâminas.
— Isso só pode ser um erro. — Leonardo balançou a cabeça, passando as mãos pelos cabelos. — Não é possível. Isso... não é possível.
Camila apertava o peito, sentindo o coração bater de forma descompassada. — Mas os documentos estão aqui, Leonardo. Eles estavam escondidos no cofre do meu pai... Ele... ele sabia de tudo. Ele sabia o que estavam fazendo com a nossa vida. — Suas lágrimas começaram a escorrer, silenciosas, como se nem ela mesma percebesse que chorava.
Leonardo jogou o exame em cima da mesa metálica do cofre. — Não. N