Genebra parecia quieta demais.
Ao cruzar os limites da cidade, Camila sentiu uma pontada no peito — um aviso silencioso de que algo estava prestes a acontecer. A chuva fina que caía sobre os telhados históricos e avenidas organizadas não disfarçava a tensão no ar. Era como se a cidade inteira segurasse a respiração, à espera do próximo golpe.
Leonardo mantinha as mãos firmes no volante, mas seus olhos se moviam com precisão. Ele já havia identificado o carro que os seguia desde a fronteira. O modelo preto, sem placa visível, se mantinha a uma distância cuidadosa, evitando qualquer manobra brusca.
— Temos trinta minutos até chegarmos ao local — disse ele, sem desviar os olhos da estrada. — Álvaro foi claro. Os documentos estão guardados em um cofre num prédio desativado do antigo Conservatório Suíço de Música. O lugar foi fechado após um incêndio suspeito... que, curiosamente, coincide com a data do desaparecimento da sua mãe.
Camila fechou os olhos por um instante. O nome da mãe ecoav