O silêncio que tomou o quarto do hotel após a coletiva era denso, quase palpável. Camila permanecia diante da janela, os braços cruzados sobre o peito, enquanto observava Paris, agora diferente. Pela primeira vez em muito tempo, ela sentia que havia tomado o controle da própria vida. Mas junto com a sensação de poder, veio o peso inevitável: ela havia declarado guerra.
Leonardo estava ao telefone com a segurança privada que havia contratado. Os protocolos estavam sendo revistos. O hotel agora era vigiado por uma equipe armada e discreta. Mas nem ele conseguia ignorar a tensão que pairava no ar como uma sombra prestes a se materializar.
— Rodrigo não vai esperar o processo correr na justiça — disse ele, desligando. — Ele vai agir. Rápido. E cruelmente.
Camila não se virou.
— Ele já começou. A mensagem de texto foi o primeiro tiro.
Leonardo se aproximou.
— Não confie em ninguém, Camila. Nem mesmo em antigos aliados. Especialmente em Alexandre.
— Alexandre desapareceu.
— Ou foi enviado p