A van cortava as ruas de Nice em alta velocidade. O motorista, completamente focado, fazia manobras arriscadas, desviando por becos apertados e ruas secundárias, enquanto a cidade lá fora parecia uma miragem distorcida de luzes e sombras.
Camila tremia. As mãos ainda seguravam a arma com força, como se ela fosse sua última conexão com a realidade. Alexandre, ao seu lado, mantinha os olhos fixos no retrovisor, observando, atento, cada movimento na estrada.
O silêncio que se instaurou dentro da van não era um silêncio confortável. Era denso, pesado, sufocante. Até que o celular de Alexandre vibrou.
Ele atendeu de imediato.
— Fala. — Sua voz estava firme, mas havia tensão ali.
— Estão rastreando vocês. Dois drones sobrevoando a rota principal. Um SUV blindado dobrou na Avenue Jean Médecin há menos de dois minutos. — Era Leonardo, do outro lado da linha, com aquele tom que misturava frieza e controle absoluto. — Vocês têm cinco minutos, no máximo, antes de serem cercados.
— Me diz que voc