O som de passos correndo no corredor parecia um martelar constante no peito de Camila. Cada batida ecoava como uma contagem regressiva. Seu corpo inteiro vibrava em alerta, os sentidos aguçados, como se o próprio instinto de sobrevivência tivesse assumido o controle.
Alexandre trancou a porta, virou-se e abriu rapidamente um compartimento escondido na parede, revelando uma escada de emergência interna, quase invisível.
— Por aqui! — ordenou ele, puxando Camila pelo braço.
— Onde isso dá? — ela perguntou, ofegante, sentindo o coração quase arrebentar no peito.
— No subsolo. Garagem privada. — Alexandre jogou uma mochila preta nas costas, carregada de armas, documentos e sabe-se lá o que mais. — Se der certo, saímos sem que nos vejam. Se não... — Ele não terminou. Apenas apertou o maxilar e puxou-a com mais força.
Ouvia-se vozes do lado de fora. Ordens em russo. Portas sendo arrombadas nos andares vizinhos. O cheiro metálico da tensão dominava o ar.
Camila segurava o celular contra o ou