O silêncio após o embate parecia mais ensurdecedor do que qualquer grito. As luzes de Zurique piscavam à distância, como se a cidade inteira testemunhasse, em silêncio, o colapso de um império construído sobre mentiras, traições e sangue.
Camila segurava a mão de Leonardo com tanta força que seus dedos estavam pálidos. Mas, naquele momento, ela não soltaria por nada. Porque, pela primeira vez na vida, não estava mais lutando sozinha.
Rodrigo permaneceu imóvel, olhando fixamente para o vazio, como se seu cérebro tentasse processar uma realidade que jamais imaginou enfrentar. Helena andava de um lado para o outro, o salto ecoando, os dedos tremendo sobre o celular, buscando uma saída onde não havia mais.
— Isso não é possível... — ela repetia, quase em um sussurro, como um mantra desesperado. — Não é possível...
Camila respirou fundo, forçando sua voz a permanecer firme, apesar do nó que apertava sua garganta.
— É possível sim, Helena. É real. Vocês passaram a vida inteira achando que o