O barulho das hélices do helicóptero ecoava pelos prédios, enquanto a noite parecia conter a respiração. As luzes de Zurique refletiam nos vidros dos arranha-céus, criando um cenário quase cinematográfico para o que estava prestes a acontecer.
Camila estacionou a moto a poucos metros do ponto de pouso. O vento levantava seus cabelos, os olhos fixos no helicóptero que descia lentamente. Por um segundo, seu coração acelerou. Não de medo. Nem de ansiedade. Mas de um misto perigoso de raiva e libertação.
Leonardo estacionou o carro a poucos metros dela. Desceu, ajeitando o paletó com um movimento calculado, como se aquilo fosse apenas mais um dia comum de negócios — embora ambos soubessem que estavam à beira de uma guerra.
— Pronta? — ele perguntou, cruzando o olhar com o dela.
Camila sorriu, irônica.
— Nasci pronta.
As portas do helicóptero se abriram. Rodrigo desceu primeiro, impecável em seu terno escuro, cabelos grisalhos alinhados, olhar frio como uma lâmina. Ao lado dele, Helena des