O som dos tiros ainda ecoava no corredor quando Leonardo puxou Camila para trás do andaime, pressionando-a contra a parede externa do hotel. O vento cortava o rosto deles, misturado ao cheiro de pólvora, perigo e algo mais… um desejo reprimido que, em meio ao caos, parecia ainda mais intenso.
— Fica atrás de mim! — ordenou Leonardo, os olhos varrendo tudo, atentos, buscando de onde exatamente tinham vindo aqueles disparos. — Isso não era parte dos planos dele... nem dos meus.
Camila estava pálida, o peito arfando, mas segurava firme.
— Isso não é mais só sobre nós — ela sussurrou. — Tem mais alguém mexendo as peças desse jogo.
Ele segurou o rosto dela com força, obrigando-a a encará-lo.
— Escuta, Camila... você tem noção do que está acontecendo? Você tá no meio de uma guerra que começou muito antes de você nascer. E agora... agora você é o centro dela.
Os olhos dela brilharam, mas não era medo. Era raiva. Era revolta.
— Eu não pedi isso, Leonardo. Eu só... só queria viver