Do lado de fora do hotel, Alexandre observava a fachada imponente com os punhos cerrados. Seu olhar percorreu cada janela, cada andar, como se fosse capaz de enxergar Camila lá dentro. Sabia que ela estava ali. Sentia. O cheiro da traição era inconfundível. E ele nunca errava.
— Encontrem o quarto dela. Quero cada movimento rastreado — ordenou em tom seco. — E se Leonardo estiver com ela... — apertou o maxilar — tragam os dois até mim. Ou os dois... ou os dois destruídos.
Enquanto seus homens se espalhavam pelas ruas de Nice como serpentes silenciosas, Alexandre respirava fundo, tentando conter o turbilhão de emoções que o corroía. Ódio. Desejo. Raiva. E um sentimento que ele se recusava a nomear. Porque Camila nunca deveria ter sido mais que uma peça. Uma distração temporária. Mas agora... agora ela era uma obsessão que latejava sob sua pele.
No quarto do hotel, Camila olhava pela janela, como se pudesse sentir a presença dele, mesmo sem vê-lo.
— Ele está aqui — sussurrou, cruzando o