51. AS PALAVRAS DE LUCAS

Deise hesitou por um segundo, confusa com a frieza súbita. Lucas lançou um olhar desconfiado para Miguel, mas não disse nada. Com um gesto curto de cabeça, ele indicou a saída. Deise o seguiu em silêncio.

Já no corredor, onde o som abafado dos passos ecoava nos azulejos frios, Lucas quebrou o silêncio com uma pergunta inesperada:

— Eu nem sabia que Miguel ainda trabalhava neste hospital.

— Nem eu — respondeu ela, com o olhar perdido no chão.

— Vamos para casa.

Ela não discutiu. Estava exausta, emocionalmente drenada. Simplesmente assentiu e o acompanhou até o estacionamento.

Durante o trajeto até a mansão, o clima dentro do carro era opressivo. A estrada escura parecia refletir o humor de ambos. Até que Lucas virou o rosto em direção a Deise e perguntou, com voz seca:

— Por que Maria estava com o seu carro?

Ela piscou lentamente, sem entender se era apenas uma pergunta ou uma acusação disfarçada.

— Ela tinha uma consulta médica marcada. Pediu meu carro porque o dela estava na revisão.
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