21. A ATITUDE INESPERADA DE LUCAS
Deise inspirou profundamente, tentando conter o ímpeto de gritar, de empurrá-lo, de jogar aquela caixa pela janela. Precisava pensar com frieza.
— Eu não tenho tempo para seus jogos, Lucas.
Ele se aproximou ainda mais e segurou a mão dela com força, fazendo com que o coração de Deise disparasse. Era um gesto aparentemente carinhoso, mas carregado de controle e ameaça velada.
— Estou indo tomar um banho — anunciou, como se fosse a coisa mais natural do mundo —, e quando eu voltar, jantaremos juntos.
Ela puxou a mão, tentando se soltar, mas ele apertou mais firme e completou com um sussurro sinistro:
— Você vai jantar comigo, sim. Nem que seja a última coisa que faça essa noite.
Deise conseguiu se libertar com um puxão seco e deu um passo atrás, olhando para ele com um misto de raiva e coragem recém-descoberta.
— Você pode até tentar me forçar, Lucas, mas não tem mais poder sobre mim. Não sou sua propriedade. Nem de você, nem do seu pai. E acredite... esse jogo está perto do fim.
Ela se