A manhã seguinte nasceu sem fogos e sem gritos; nasceu com janelas abertas. Al-Qadar respirava devagar, como quem volta ao próprio corpo depois de um susto longo demais. No pátio do palácio, as fontes corriam mais cheias; nos becos de Rashalah, linhas improvisadas de luz acendiam em cascata, como constelações recolocadas no lugar.
No gabinete, o silêncio era de trabalho. Sobre a mesa de Zayn, pilhas de decretos aguardavam rubrica: restituição aos bairros mais afetados, retomada do porto à administração do Reino, extinção de prisões clandestinas, declaração de inocência e reabilitação histórica da tribo de Elyas, com reparação pela falsa acusação que a dispersara. Hanin conferia lacres; Kareem anotava prazos; Lasmih, com a caneta presa no coque, checava listas de água, cestas, ambulâncias e geradores.
— Assino e anuncio ao meio-dia — disse Zayn, firmando o último papel. — A lei não é espada; é ponte. Vamos devolvê-la às pessoas.
Isabela surgiu à porta, lenço claro nos cabelos e um bloc