O sol desceu atrás das dunas como um grande braseiro, e o deserto acendeu sua própria penumbra. No terraço alto do palácio, uma passarela de tapetes bordados conduzia a um mirante cercado por lanternas de metal vazado. Cordões de luz pendiam como constelações baixas; o ar trazia o perfume de água de rosas e incenso de oud.
Isabela chegou guiada por Yasmeen. Vestia um vestido leve, marfim, e um lenço fino caía dos ombros. Ao pisar no primeiro tapete, ouviu o dedilhar de um oud e o compasso discreto de uma darbuka. À esquerda, mulheres de Rashalah — as mesmas que, dias antes, repartiam água — lhe sorriram; à direita, anciãos do Conselho fizeram um aceno respeitoso. Mais adiante, Elyas esperava com um brilho nos olhos que misturava orgulho e paz.
— O que está acontecendo? — ela perguntou, em voz baixa, divertindo-se com o mistério.
Yasmeen apertou sua mão, cúmplice. — Só… confie no caminho.
No centro, um pequeno majlis fora montado: almofadas de seda, uma mesa baixa com tâmaras, pistache