A alvorada chegou limpa a Al-Qadar, um vento morno varrendo as bandeiras do palácio. No gabinete, a mesa de Zayn estava tomada por pastas seladas, lacres vermelhos e a última ata da Cadeia de Custódia assinada por Hanin, Kareem e o promotor. No monitor lateral, Idris piscava de Roma, pronto para derrubar qualquer impugnação técnica.
— Hoje não é sobre nós — disse Zayn, baixo, olhando Isabela, Elyas, Lasmih e Kareem. — É sobre a lei em pé e os nomes que empurraram para a sombra.
Isabela assentiu. O lenço claro prendia os cabelos e deixava o rosto inteiro à luz. Elyas, à janela, percorria a cidade com os olhos: o porto, as ruas novas, a linha fina de Rashalah no horizonte.
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A Alta Corte abriu sessão às nove. O presidente, dois juízes conselheiros e quatro observadores internacionais tomaram seus lugares sem aparato. A sala respirava mármore polido e madeira contida; nas laterais, famílias, líderes de bairro, jornalistas e gente comum. Yasmeen entrou com Samir, Halima e Farah. Ao pass