O dia nasceu com vento do mar e cheiro de ferro lavado. Rashalah parecia outra — ainda com cicatrizes, mas com os olhos abertos. No alto do prédio da antiga administração, o centro de operações pulsava: mapas presos com fita, rádios em duas línguas, telas com pontos que acendiam e apagavam como vaga-lumes disciplinados.
— Situação civil? — perguntou Zayn, mangas dobradas, a sombra da barba aparando a tensão no rosto.
— Filas estabilizadas — respondeu Isabela, o lenço preso alto no cabelo, prancheta debaixo do braço. — Merenda e remédio nos pontos de escola. Se houver operação hoje, o povo aguenta sem susto.
Elyas desenrolou um mapa com a calma de quem já leu o terreno em três estações diferentes.
— O “atalho do silêncio” é este — indicou, um traço discreto que cortava o bairro por baixo das fachadas. — Serve para levar equipamento e prova sem chamar atenção.
O telão acendeu com o rosto cansado de Idris.
— Bom dia, deserto. Duas notícias. A “terceira chave” ainda pinga em triângulo a l