Eu não queria vê-lo. Eu não queria nem pensar em José Eduardo.
Só de pensar nele, meu estômago já se revirava. — Que carinha é essa, minha flor? — perguntou Corine, enchendo meu copo com suco de laranja. — Não dormi bem. Tô até sem fome, Cô. — Mas você precisa comer, ué. Tá magrinha. Desse jeito vai desaparecer. Eu estava mal de verdade, sem fome. Só que não podia falar nada. — Olá, olá, olá… Bom dia, minha gente! Uma mulher espalhafatosa entrou na sala de jantar, falando com sua voz estridente. Usava um casaco de pele e batom vermelho às dez da manhã. Além de inúmeras pulseiras que faziam barulho quando chacoalhavam umas contra as outras. — Oi, Sandra… — disse Corine, perdendo o sorriso. — Olá, querida. Como vai? — Vamos bem. Aconteceu alguma coisa? — Nada. Vim apenas para o café da manhã — disse a mulher