POV CATARINA
Como a cobra que é, dissimulada, Natália mudou a feição na hora. De vilã má, ela passou a exibir a expressão de uma mocinha doce.— Eu tô maravilhosa, seu Nestor. Obrigada. — disse Natália, mudando o semblante rapidamente e abrindo um sorriso quase verdadeiro.— Oi, tio. Como vai?— Natália, vou levar a Catarina para conhecer a fazenda agora. Quer ir com a gente?Natália me olhou. Senti um suor frio só de imaginar a possibilidade dela aceitar o convite do meu tio. Seria um pesadelo.— Não, seu Nestor. Obrigada pelo convite, mas vou esperar o José Eduardo chegar. É hoje que ele sai do hospital, né?— Sim, estamos todos contentes com a chegada dele. Foi um susto e tanto.— Sim, um susto. Enorme! — falou Natália, insinuando algo.— Ele vai gostar de vê-la aqui, Natália. Você e os outros amigos.— Também adorarei vê-lo, seu Nestor.Eu não gostava do tom de voz dela. Mas não posso dizer que estava com ciúmes. Só me irritava me