Na manhã seguinte ao retorno de Daniel, a casa Avelar despertou com um ritmo mais suave. Marta supervisionava o café da manhã das crianças, Clara revisava a agenda de medicamentos com a enfermeira de plantão, e Eveline, sentada à beira da cama de Gabriel, o observava dormir profundamente em seu berço. As paredes da mansão pareciam respirar tranquilidade, mas no coração dela ainda existia uma centelha de inquietação.
Ela sabia que as conversas mais difíceis estavam apenas começando. E que o tempo, mais do que nunca, seria um aliado e um juiz.
Enquanto isso, Marcus também acordava na casa dos Castelão com a memória da noite anterior ainda viva. O toque de Eveline, o cheiro dos cabelos dela no carro, a ternura e a pressa em um só gesto. Não era um retorno oficial. Mas era um recomeço.
Ele ainda podia sentir a presença dela como um perfume impregnado na pele. O dia começava com promessas silenciosas, e ele pretendia honrar cada uma.
Na mansão, depois de dar o café da manhã a Gabri