O retorno de Daniel à mansão Avelar foi mais sereno do que se esperava. A ambulância estacionou discretamente na entrada principal, e os funcionários da clínica ajudaram com o transporte até o quarto adaptado no térreo, que antes funcionava como um escritório e agora abrigava uma cama hospitalar, poltrona de acompanhante e todos os equipamentos necessários.
Lucas e Beatriz desceram correndo as escadas ao ouvirem o som da maca sendo movimentada.
— Papai! — gritou Lucas, os olhos brilhando.
Daniel sorriu, embora estivesse visivelmente mais frágil, e abriu os braços para receber o abraço dos filhos.
— Meus campeões... estava morrendo de saudade de vocês.
Beatriz, tímida, se aproximou e segurou a mão do pai.
— Você vai ficar aqui embaixo agora?
— Por um tempo, meu amor. Até eu estar forte de novo pra correr com vocês lá fora.
Eveline observava a cena com o peito apertado, mas sereno. Era reconfortante vê-los juntos outra vez.
Clara, sempre prática, organizava os medicamentos na mesinha de