Eveline dormiu no hospital naquela noite. Daniel passaria por alguns exames e procedimentos que exigiam a presença de um acompanhante responsável, e como Gabriel estava na casa de Marcus, ela se sentia mais livre para estar ali por completo. O quarto estava tranquilo, com luz baixa e os monitores apitando suavemente em intervalos regulares. Clara tinha ficado até na parte da tarde, mas se despediu antes das sete da noite, garantindo que tudo na clínica estivesse em ordem.
Daniel acordou pela manhã com os olhos pesados, mais lúcidos. Viu Eveline acomodada na poltrona ao lado, enrolada em uma manta fina. Ela segurava o celular nas mãos e olhava a tela com um sorriso leve, nostálgico.
— Está vendo o quê? — ele perguntou, com a voz rouca.
Eveline se assustou levemente com o som, mas logo se recompôs, sorrindo ao vê-lo desperto.
— Uma foto que o Marcus me mandou. Ele passou o dia com o Gabriel ontem... e me enviou isso agora cedo.
Daniel estendeu a mão, pedindo para ver. Ela hesitou por um