Marcus ainda se recuperava da visita devastadora de Sabrina.
Assim que ela saiu do escritório, com os saltos ecoando pelo corredor, Helena, aflita, surgiu à porta.
Seus olhos ansiosos e a expressão fechada denunciavam o turbilhão de pensamentos que lhe corria pela cabeça.
— Marcus — ela entrou, fechando a porta atrás de si —, pelo amor de Deus, o que aconteceu? O que aquela víbora veio fazer aqui? — perguntou, baixando a voz, mas carregada de indignação. — Você costumava dispensá-la em dois minutos! Agora recebe ela assim, dentro da nossa casa?
Marcus soltou um suspiro cansado, passando a mão pela nuca como se buscasse forças para falar.
Sentou-se na poltrona diante da lareira apagada e encarou a mãe com olhos opacos.
— Ela veio... — começou, a voz rouca. — Ela veio dizer que talvez esteja grávida.
Helena arregalou os olhos, levando as duas mãos à boca, em choque.
— Pelo amor de Deus, Marcus! — exclamou, abafando o grito. — Como você pôde deixar isso acontecer?
Marcus fechou os olhos,