Duas semanas haviam se passado desde a noite em que Marcus destruiu tudo com as próprias mãos.
Duas semanas em que a mansão havia se transformado em um mausoléu de memórias. O bar estava mais vazio, as taças mais sujas. Ele mal dormia. Não comia direito. E passava horas trancado no escritório, olhando para a mesma pasta de fotos que ainda insistia em não deletar.
As imagens, antes “provas”, agora apenas o incomodavam. Havia algo de estranho nelas. Algo que sua mãe não se cansava de repetir.
— Marcus, eu te conheço — ela dissera naquela manhã, entrando no escritório com a coragem que só mães têm. — E conheço a Eveline. Aquilo não é real. Você precisa encarar isso.
— Já encarei.
— Não. Você gritou, expulsou, ofendeu. Isso não é encarar. Isso é fugir. Covardia mascarada de orgulho.
Ele não respondeu. Apenas tomou um gole de café frio.
Ela foi até ele e puxou o laptop.
— Me mostra.
As imagens se abriram na tela. Eveline e o Dr. Daniel. O abraço. O toque no ombro. O beijo.
— Aqui — ela apo