Eveline havia voltado brevemente à mansão Avelar naquela tarde. Lucas e Beatriz a receberam com os olhos cheios de esperança.
— Você voltou? — perguntou Lucas, correndo para abraçá-la.
— Por hoje. Mas prometo que, assim que o papai Daniel melhorar, estarei com vocês todos os dias.
Beatriz a abraçou pelas pernas, sem dizer nada. Apenas se aninhou.
Naquele gesto, Eveline entendeu o peso da sua ausência. Aqueles dois corações pequenos também eram dela. E estavam sofrendo.
Ela contou uma história curta para os dois antes de voltar ao hospital. Deixou um bilhete em cada travesseiro. Um desenho de coração e a promessa de uma tarde no jardim em breve.
No hospital Daniel dormia mais calmo naquela noite. A sedação havia sido retirada aos poucos, e embora o corpo ainda estivesse fraco, a consciência voltava em ciclos.
Eveline permanecia ao seu lado, mas agora com menos angústia no rosto. O pior tinha passado. Ao menos fisicamente.
Durante os dias em que ele esteve sedado, Eveline fez o po