Dois dias se passaram desde a cirurgia, e a recuperação de Marcus começava a mostrar pequenos avanços. As dores ainda eram frequentes, mas controladas, e a equipe médica estava satisfeita com os primeiros resultados. Eveline não desgrudava do marido, mas agora dividia com mais tranquilidade os cuidados com Helena, o que lhe permitia espaços curtos para descansar ou respirar.
Naquela manhã, Marcus acordou mais disposto. Os olhos estavam menos pesados, e seu humor, embora ainda sensível, tinha traços de leveza. Quando Eveline entrou no quarto com uma bandeja de café trazida pela enfermagem, ele esboçou um sorriso discreto.
— Você parece melhor hoje — ela comentou, ajeitando os travesseiros para que ele se sentasse.
— Estou me sentindo menos... destruído — ele brincou, com voz rouca. — Deve ser a sua presença. E esse café com cheiro de amor.
Eveline riu, tocando suavemente seu rosto. Era bom vê-lo assim, mesmo que por instantes. Enquanto ele comia, conversaram sobre pequenos assuntos cot