O envelope estava sobre a mesa do escritório como uma sentença. O nome "Eveline Rocha" impresso em letras oficiais parecia gritar contra o silêncio sepulcral da sala. Marcus não conseguia desviar os olhos daquele pedaço de papel que, mais do que selar o fim do seu casamento, parecia encerrar toda uma fase da sua vida.Por horas, ele permaneceu sentado ali, encarando o envelope fechado. As palavras do advogado ecoavam em sua mente como um martelo: “Pedido de Divórcio. Irreversível.”A mansão, normalmente cheia de movimento, agora parecia vazia, como se refletisse o vazio que se instalava dentro dele. Finalmente, com um suspiro pesado, Marcus estendeu a mão e rasgou o envelope, sentindo como se estivesse rasgando o último fio que o ligava a Eveline.As linhas do documento eram objetivas, frias, sem espaço para interpretações emocionais. No entanto, um detalhe chamou sua atenção imediatamente: Eveline não solicitava pensão alimentícia para si mesma, nem partilha de bens, nem qualquer com
O sol atravessava as grandes janelas da mansão Avelar, trazendo um calor suave e iluminando o ambiente com uma luz dourada. Eveline, vestindo um vestido fluido de algodão bege e sapatilhas confortáveis, descia as escadas com uma mão apoiada em sua barriga arredondada. Estava no sétimo mês de gestação, e cada passo parecia carregado de esperança e de medo. O vestido acompanhava suavemente os movimentos do seu corpo, e o brilho natural em seu rosto era realçado pela felicidade tímida que crescia a cada dia. Daniel a aguardava na sala, acompanhado das crianças, Beatriz e Lucas, que pulavam animados sobre os tapetes. Clara também estava presente, com uma sacola repleta de decorações para o quarto do bebê. A atmosfera era de alegria e expectativa. — Vamos começar? — perguntou Clara, sorrindo. — Claro! — respondeu Eveline, sentindo uma empolgação sincera que há muito tempo não experimentava. O quartinho escolhido ficava no segundo andar, ao lado dos quartos das crianças. A parede já esta
O sol da tarde entrava pelas grandes janelas da mansão Avelar, tingindo o ambiente com tons dourados e quentes. Eveline, agora com oito meses de gestação, movia-se com calma pela casa, usando um vestido de malha macia na cor lavanda e sandálias baixas. Seu rosto, iluminado por uma serenidade contida, exibia traços de cansaço, mas também um brilho discreto que apenas a esperança poderia trazer. No andar de cima, Daniel terminava de montar um pequeno móvel novo no quarto do bebê, enquanto as crianças, Beatriz e Lucas, ajudavam Clara a organizar as últimas roupinhas na cômoda. Cada peça era cuidadosamente dobrada e guardada, com uma mistura de ansiedade e empolgação. — Você viu este macacão, tia Clara? Tem desenhinhos de carrinho! — exclamou Lucas, erguendo a roupinha no ar. — Vai ficar um charme! — respondeu Clara, sorrindo, com os olhos cheios de ternura. Eveline se aproximou e passou a mão carinhosamente sobre os cabelos de Lucas, sentindo o coração aquecido. Ela estava construindo
No quarto Eveline abriu os olhos lentamente, sentindo o calor suave que preenchia o ambiente. Algo dentro dela estava diferente. Uma leveza nova, um fio de esperança que se aninhava junto ao seu coração. Sentou-se na cama, acomodando a barriga de oito meses com cuidado. Passou a mão carinhosamente sobre ela e sorriu. — Bom dia, meu amor — sussurrou. Vestiu um vestido leve de algodão branco e desceu as escadas com passos lentos, mas determinados. O aroma de café fresco e pão assado invadiu suas narinas assim que chegou à cozinha. Ao entrar na sala de jantar, encontrou uma cena que aqueceu ainda mais seu peito. Daniel, Beatriz e Lucas estavam em volta da mesa, que fora decorada com flores do jardim — margaridas e lavandas — dispostas em pequenos vasos de vidro. Havia uma jarra de suco de laranja, um bolo caseiro de chocolate, pães frescos, geleias coloridas e frutas cortadas. Beatriz, vestindo um vestidinho amarelo com lacinhos, correu até Eveline e a abraçou com carinho. — Bom dia
O final de tarde caía preguiçosamente sobre a mansão Avelar, tingindo os céus de tons alaranjados e dourados. Eveline, cansada pelos últimos dias de agitação com os preparativos para a chegada do bebê, decidiu que merecia um momento de relaxamento. Encheu a banheira com água morna e algumas gotas de óleo essencial de lavanda, que rapidamente impregnaram o ar com um aroma suave e reconfortante.Com um suspiro, ela entrou na banheira, sentindo o alívio imediato do calor envolvendo seu corpo. De olhos fechados, deixou-se flutuar naquele pequeno oásis de paz. As curvas de seu corpo, moldadas pela gravidez, pareciam ainda mais belas sob a água. A pele alva contrastava com o brilho dourado da luz que atravessava a janela semiaberta.Porém, em poucos minutos, Eveline sentiu uma tontura repentina. O coração acelerou, a visão turvou. Tentou se apoiar nas bordas da banheira, mas suas mãos tremiam. Um medo profundo a tomou.— Daniel! — chamou, a voz fraca e desesperada.No quarto ao lado, Daniel
O amanhecer chegou trazendo uma luz suave que invadia o quarto de Eveline através das cortinas semiabertas. Ela piscou lentamente, sentindo o corpo ainda frágil pela queda de pressão da noite anterior. A cabeça repousava em um travesseiro macio, e a colcha leve cobria seu corpo de forma reconfortante.Ao seu lado, sentado em uma poltrona, Daniel dormia encostado, ainda segurando sua mão com ternura. Sua expressão era de preocupação até mesmo no sono. Eveline observou aquele homem que, sem medir esforços, permaneceu ao seu lado, vigiando seus sonhos e zelando pela sua segurança.Com cuidado, soltou a mão e tentou se sentar. A movimentação fez Daniel despertar quase de imediato.— Bom dia — disse ele, a voz rouca de sono misturada com alívio.— Bom dia — respondeu Eveline, com um sorriso tímido.Daniel se levantou e aproximou-se dela, verificando seu pulso e encostando as costas da mão na testa dela com um gesto suave.— Como está se sentindo?— Melhor. Um pouco fraca ainda, mas nada co
A noite havia caído silenciosa sobre a mansão Avelar. O jardim lá fora balouçava suavemente com o vento, e as luzes discretas iluminavam apenas o suficiente para manter a atmosfera acolhedora.Daniel, depois de passar todo o dia ao lado de Eveline, exausto pelo cansaço emocional e físico, finalmente permitiu-se deitar em sua cama. Fechou os olhos com uma última imagem dela em sua mente: seus cabelos espalhados no travesseiro, o sorriso doce, a fragilidade encantadora que ela demonstrara.Logo, o sono o envolveu como uma neblina morna, puxando-o para um lugar onde a realidade e o desejo se confundiam.No sonho, Daniel caminhava até o quarto de Eveline. A porta estava entreaberta, e uma luz suave escapava pelas frestas. Ele empurrou a porta com cuidado.Ali estava ela, em pé, de costas para ele. Vestia apenas uma camisola leve, tão fina que deixava adivinhar as curvas generosas do corpo grávido. A silhueta dela, banhada pela luz do luar que atravessava a janela, parecia etérea, quase ir
O sonho de Daniel continuava tão vívido que cada toque, cada suspiro, parecia real.Eveline, deitada sob ele, acariciava suas costas com as unhas curtas e delicadas, guiando-o com ternura e desejo. Seus olhos, meio fechados de prazer, brilhavam à luz suave do sonho, refletindo a entrega total que ele tanto ansiava.Daniel deslizou as mãos pelo corpo dela, memorizando cada curva, cada suspiro que escapava de seus lábios entreabertos. Os seios dela, firmes e fartos, eram moldados pela gravidez e pela beleza natural que o deixava em estado de adoração. Ele beijava sua barriga com reverência, sentindo a vida que crescia dentro dela — uma vida que, no sonho, ele imaginava também ser sua.Eveline o puxou para cima, exigente e doce, beijando-o com uma sede que fazia Daniel perder o controle. Seus lábios macios exploravam cada parte do seu rosto, do pescoço, do peito. Era como se ela o marcasse, como se o quisesse gravado na pele, no corpo e na alma.Quando ele finalmente a penetrou, fê-lo co