A madrugada ainda cobria a cidade com seu véu silencioso quando Eveline acordou com uma dor diferente, profunda e ritmada no baixo-ventre. Não era como as contrações de treinamento que vinha sentindo — era real, intensa, e carregava consigo a promessa do encontro tão esperado.
Ela levou a mão à barriga, acariciando a curva arredondada com ternura. Gabriel se mexeu levemente, como se também soubesse que havia chegado o momento.
— Está na hora, meu amor — sussurrou com a voz embargada.
Daniel, sempre atento, percebeu a movimentação e correu até o quarto. Vestido de maneira casual, mas com olhos treinados e coração ansioso, se aproximou dela num gesto instintivo de proteção.
— As contrações começaram? — perguntou com calma, embora a preocupação transparecesse em sua voz.
Eveline apenas assentiu, incapaz de responder enquanto outra onda de dor a atravessava.
Com eficiência e carinho, Daniel a ajudou a vestir-se, pegou a bolsa de maternidade previamente arrumada e a conduziu ao carro. No c