O envelope estava sobre a mesa do escritório como uma sentença. O nome "Eveline Rocha" impresso em letras oficiais parecia gritar contra o silêncio sepulcral da sala. Marcus não conseguia desviar os olhos daquele pedaço de papel que, mais do que selar o fim do seu casamento, parecia encerrar toda uma fase da sua vida.
Por horas, ele permaneceu sentado ali, encarando o envelope fechado. As palavras do advogado ecoavam em sua mente como um martelo: “Pedido de Divórcio. Irreversível.”
A mansão, normalmente cheia de movimento, agora parecia vazia, como se refletisse o vazio que se instalava dentro dele. Finalmente, com um suspiro pesado, Marcus estendeu a mão e rasgou o envelope, sentindo como se estivesse rasgando o último fio que o ligava a Eveline.
As linhas do documento eram objetivas, frias, sem espaço para interpretações emocionais. No entanto, um detalhe chamou sua atenção imediatamente: Eveline não solicitava pensão alimentícia para si mesma, nem partilha de bens, nem qualquer com