Marcus estacionou o carro diante da clínica particular, os dedos crispados no volante. O dia estava nublado, como se o próprio céu compartilhasse do peso que carregava nos ombros.
Ele não queria estar ali. Não queria encarar Sabrina, nem reviver a noite que mal conseguia lembrar. Mas sabia que precisava pôr um fim definitivo naquela história.
Por Gabriel. Por Eveline. Por si mesmo.
Respirou fundo, tentando acalmar o turbilhão dentro do peito, e saiu do carro.
A recepcionista o conduziu até uma sala discreta. Sabrina já o aguardava, elegantemente vestida, com o sorriso cínico que ele tão bem conhecia.
— Achei que ia desistir — provocou ela, cruzando as pernas com afetação.
Marcus manteve a expressão fria.
— Vim porque quero encerrar isso. De uma vez por todas.
Ela ergueu uma sobrancelha, divertindo-se com a tensão dele.
— Não tem nada para encerrar, Marcus. Estou grávida. Você vai ter que aceitar.
Marcus respirou fundo, controlando o impulso de sair dali.
— Quero um exame. Agora. Feito