Hailey Silverstar
Assim que cheguei em casa, o silêncio me envolveu como uma parede.
Nem Hunter, nem Tobias.
Meu coração disparou antes que a razão conseguisse alcançá-lo. Talvez ele só tivesse ido dar uma volta com o bebê — tentei me convencer. Hunter sempre dizia que o ar fresco fazia bem para Tobias, que o som do vento ajudava a acalmar o choro.
Mas o sol lá fora estava forte demais, queimando o jardim num dourado quase cruel. Tobias era sensível à luz. Hunter sabia disso melhor do que ninguém.
Larguei a bolsa sobre o sofá e subi as escadas, chamando baixinho:
— Hunter?...
Nada. Nenhuma resposta, nenhum choro, nenhum som vindo do quarto do bebê.
O instinto começou a me gritar antes da lógica. Algo estava errado.
Foi quando a voz de Dona Elvira me chamou da janela ao lado:
— Hailey! — ela apoiou os cotovelos no parapeito, com aquele ar de quem sempre sabe mais do que devia. — O Alfa Hunter saiu faz um tempinho.
Virei o rosto, tentando disfarçar a tensão que me subia ao peito.
— Sai