Hailey Silverstar
Por mais que eu tentasse fingir naturalidade, era impossível ignorar:
Lyanna estava grudada em mim.
Não era sufocante.
Não era intrusivo.
Era… instintivo.
Ela se movia meio passo atrás, sempre no meu campo periférico — uma presença silenciosa, mas sólida como um tronco ancestral. Seus olhos varriam o festival como os de uma guardiã antiga, enxergando ameaças que talvez nem existissem. Às vezes, eu sentia o leve toque dos dedos dela ajeitando a manta do Tobias, outras vezes era só a mão repousando sobre o próprio ventre, tensa, alerta, prestes a erguer muralhas se fosse necessário.
E não havia nada perigoso ali.
Safira estava por perto, mesmo tecnicamente de licença — postura de soldado, olhos de predadora, hormônios de loba em cio prestes a incendiar metade do recinto. Depois da marca, todo mundo sabia quem ela era. E o respeito ao redor dela pulsava como um campo de força.
Ainda assim…
Lyanna permanecia ali.
Entre eu e o mundo.
No início achei exagero, depois achei