Hailey Silverstar
Aquelas duas andaram tramando pelas minhas costas esse tempo todo.
Foi exatamente o que pensei quando me vi refletida no espelho de corpo inteiro da casa da Alina — e quase perdi o ar.
Yennefer e minha tia estavam sentadas na beira da cama, silenciosas e com aquele olhar cúmplice de quem tentou disfarçar, mas não conseguiu nem fingir que não estava aguardando impacientemente pela minha reação.
O vestido era… um absurdo.
Verde profundo — mas não qualquer verde: era o verde de um bosque recém-desperto depois da chuva, úmido, vibrante, vivo. O tipo de cor que parecia ter sido roubada de um conto feérico.
Os bordados subiam pela saia, pelas mangas e pelo corpete como vinhas encantadas. Fios dourados e prateados entrelaçados, tão delicados que pareciam luz costurada à mão. E quando eu me movia — até o mais leve giro dos ombros — o tecido cintilava como se o vestido respirasse comigo.
Era mágico.
Era solene.
Era… meu?
Uma parte de mim queria protestar, virar para as duas e